Quando o carteiro chegar (1995) |
(clique na foto para ampliá-la) |
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O acaso me fez notar que em todo canto há caixas de correio.
Às vezes nem existe rua e existe caixa, pois carteiro chega em todo lugar.
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Então,
por dois anos, rodei por São Paulo e as fotografei: tanto pelo que elas tinham
de gracioso ou prático, buscado por aquele que a construiu; como pelas marcas
do tempo ou do acaso.
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Depois de ouvir muitas mães de família, chego a arriscar
que as caixas mais criativas são ordens da mãe de família ao louco/lúdico da
casa, que exercita seus devaneios sem qualquer freio.
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O nome da série vem de uma velha canção
(“Mensagem”): “Quando o carteiro chegou...”. Mudei o tempo do verbo para
introduzir a surpresa do funcionário dos correios, que imagino semelhante à
minha ao fotografá-las.
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Embora já
não as veja tanto como no início dos anos 90 (o olhar da gente muda), de vez em
quando ainda registro alguma nova.
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Foi a primeira
série que expus e, desde então, tenho perseguido sua popularidade fugitiva.
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Saravá |
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