uma casa e uns outros cantos (1999)

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Fotografar é pôr a linha, fronteira entre o mundo das formas sem nome e sem memória e o mundo das afetividades e das recordações.

De um trabalho a outro, tateia-se movendo a linha de cá pra lá. Avança-se para um, ao fugir-se do outro mundo.

Fotografar certo, em um momento-trabalho, é equilibrar-se na linha posta e não despencar para nenhum dos lados.

Mas a busca, tempo afora, é apenas onde pôr a linha.